Esta contribuição resulta do culminar do tema 3 - análise de dados.
Neste tema pretendia-se trabalhar a análise qualitativa de dados provenientes de documentos que são consultados ou provenientes de transcrição de entrevistas não estuturadas ou semi-estruturadas e neste sentido aplicámos a análise de conteúdo a entrevistas realizadas por nós.
Para realizarmos esta actividade a professora recomendou:
1) uma leitura "flutuante", isto é, geral, para ter uma ideia geral da "conversa" e começar a ter uma primeira ideia;
2) começar a assinalar partes das respostas que permitam pensar numa categoria (ex: subvalorização do EaD); serão as unidades de registo dentro de uma unidade de contexto onde se situa a "fala" do respondente.
3) fazer este processo a toda a entrevista (não se preocupem se à partida parecerem muitas categorias);
4) depois de a entrevista trabalhada, voltem atrás e procurem ver se as categorias são de facto diferentes; se não forem renomeiem e reorganizem as categorias;
5) voltar novamente ao que já foi feito e procurem ver se as categorias se "encaixam" em categorias mais gerais; nesse caso, criem as categorias gerais e considerem as primeiras como subcategorias.
6) revejam todo o trabalho.
Como actividade 2 a professora propos que cada um de nós desse a sua entrevista a analisar a outro colega do grupo. Este deveria ver se o seu recorte da entrevista seria o mesmo: se com as mesmas unidades de contexto, criava as mesmas subcategorias e unidadesde registo e finalmente se as categorias seriam as mesmas.
No final deveriamos fazer um pequeno relatório a entregar ao colega "dono" da entrevista, com o nosso parecer.
A professora justificou a necessidade desta actividade da seguinte forma:
1) fazer análise de conteúdo, por muito objectiva que seja, é já um tratamento de dados; a sensibilidade e a experiência do analista é uma questão a ter em conta;
2) em regra o analista procura ver se a sua codificação é estável ao longo do tempo; para isso, faz uma primeira análise, coloca de lado o trabalho e mais tarde torna a fazer a análise para ver se as suas categorias (e sub..) resitiram ao tempo - está aqui em causa a questão da fidelidade intracodificador;
3) para tornar a sua análise mais objectiva, pede a um especialista que analise a sua própria análise - fidelidade intercofidicadores.
Na realização prática da dissertação, é muitas vezes o orientador que ajuda a fazer o ponto 3, mas pode ser outra pessoa.
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Reflexão sobre esta actividade (contribuição no fórum no dia 19 de Fev):
Penso que a análise de entrevistas acaba por ser um pouco subjectiva.
De cada vez que lia a entrevista, alterava algo na análise anteriormente feita. E foi neste sentido que senti dificuldades, não sentia confiança no que estava a fazer porque via sempre forma de alterar a análise.
Mas também por esta razão, esta actividade revelou-se muito positiva porque tivemos a oportunidade, além recolher informação sobre análise de conteúdo, pôr em prática (ou pelo menos tentar!) o que lemos, com a ajuda preciosa das indicações da professora (e falo por mim que estava completa mente perdida...) com uma entrevista realizada por nós a um amigo utilizando as potencialidades da tecnologia (para mim foram só novidades!)
sábado, 20 de fevereiro de 2010
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